Auto Lapidação


À GLÓRIA DE DEUS TODO-PODEROSO


O maior campo de batalha não está fora de nós, mas dentro de cada ser humano. O verdadeiro guerreiro não é aquele que apenas conquista terras ou vence inimigos externos, mas aquele que tem a coragem de enfrentar a si mesmo. A auto lapidação interior é essa jornada nobre e exigente, na qual o homem se torna artesão da própria alma, transformando suas imperfeições em virtudes, sua fraqueza em força e sua dúvida em fé.

Assim como a pedra bruta precisa ser trabalhada pelo cinzel para revelar sua forma perfeita, cada um de nós precisa passar pelo processo de polimento interior. Esse caminho não é fácil — exige disciplina, renúncia e perseverança. Mas é justamente nesse desafio que se encontra a grandeza: quem ousa lapidar a si mesmo descobre um poder que nenhum inimigo externo pode abalar.

A auto lapidação não é apenas um exercício de crescimento pessoal, mas um ato de honra e transcendência. É assumir o compromisso de não se contentar com a mediocridade, de não viver como refém dos instintos mais baixos, mas de buscar a luz que brilha dentro de si. Cada defeito vencido é uma vitória maior do que qualquer batalha, porque representa a conquista do homem sobre si mesmo.

Esse processo é também um chamado à nobreza. Os que escolhem se lapidar tornam-se exemplos vivos de superação, irradiando inspiração para todos ao redor. Eles se tornam faróis em um mundo mergulhado em trevas, provando que é possível erguer-se acima da mesquinhez, da preguiça espiritual e do egoísmo. São homens e mulheres que, ao lapidar sua alma, elevam também a humanidade.

A auto lapidação interior é uma arte que transforma a vida em uma verdadeira obra-prima. O que antes era bruto, confuso e limitado, torna-se claro, ordenado e luminoso. Assim como o diamante só revela seu brilho após ser lapidado, também a essência humana só manifesta sua plenitude após o trabalho paciente e consciente sobre si mesma.

Ser um lapidador de si mesmo é ser um cavaleiro da própria alma, erguendo a espada da disciplina e o escudo da fé contra os vícios, medos e limitações que tentam nos aprisionar. É entender que o maior tesouro não está fora, mas dentro de nós, esperando ser revelado.